"Detesto essa sensação de estar cumprindo um dever, quando não tenho a certeza disso. Quem somos, afinal de contas? A maioria? É essa a resposta? A maioria tem sempre razão, não é verdade? Sempre, sempre. Nunca errou nem na mínima coisa, não é? Jamais esteve errada em dez milhões de anos? O que é essa maioria e quem a compõe? O que pensa, como tomou esse caminho? Mudará algum dia? E como, diabo, me integrei nessa maioria podre? Não me sinto à vontade. É claustrofobia, medo das multidões ou bom senso? Um homem está certo só porque todo mundo diz que ele está? Vamos deixar isso pra lá..."
Em que critérios nos baseamos pra distinguir o certo do errado? E os veredictos da ética, eles são fundamentados?
Acho que a maioria das definições do "pode" e do "não pode" são mesmo decididos pela maioria. Mas também acho que a maioria erra de vez em quando (ou quase sempre, hehe). Às vezes, são convencionadas idéias que não fazem muito sentido. Às vezes, a própria maioria fica prejudicada. E às vezes, a maioria não tem iteligência para resolver problemas da melhor forma.
Sim, a democracia não presta. Me considero até acima da média no quesito de avaliar a situação econômica e política e de um país, e mesmo assim, não me acho capaz de escolher o melhor candidato a presidente. Se eu não confio na minha própria opinião, pra que confiar na opinião de um bando de idiotas, que não sabe administrar a renda familiar e se acha no direito de chamar deputado X de ladrão?
Minha professora de psicologia sempre fala do impacto que Freud causou na galerinha descolada do início do século passado, dizendo que o bebê sende um prazer sexual mamando o peito da mãe, mulher pela qual ele, em breve, estará apaixonado. Confesso que isso é realmente chocante. Mas quem poderia dizer que isso é errado? E quem poderia PROVAR que isso é errado? Tooodas as questões sexuais, não há nada de certo ou errado nelas. Por que a atração sexual por besouros gigantes deveria ser condenada?
E a maioria diz que a guerra é ruim. Eu também acho que a guerra é ruim. Mas não seria melhor pensar sobre isso direito? Convencionou-se que matar uma pessoa é errado, afinal, ninguém quer morrer. E se a vida de 10 pessoas depende da morte de João? Você ainda acha errado matá-lo? E se o número 10 subir para 1.000.000? E se você soubesse todas as consequências resultantes da morte de João, podendo definir, com justiça, se a morte dele é válida ou não? Mas ninguém consegue calcular todas essas consequências, então vamos deixar o coitado do João viver. E se soubessem fazer esse cálculo, certamente concluiriam que todos os homo sapiens sapiens deveriam ser executados. Os golfinhos agradecem.
Em que critérios nos baseamos pra distinguir o certo do errado? E os veredictos da ética, eles são fundamentados?
Acho que a maioria das definições do "pode" e do "não pode" são mesmo decididos pela maioria. Mas também acho que a maioria erra de vez em quando (ou quase sempre, hehe). Às vezes, são convencionadas idéias que não fazem muito sentido. Às vezes, a própria maioria fica prejudicada. E às vezes, a maioria não tem iteligência para resolver problemas da melhor forma.
Sim, a democracia não presta. Me considero até acima da média no quesito de avaliar a situação econômica e política e de um país, e mesmo assim, não me acho capaz de escolher o melhor candidato a presidente. Se eu não confio na minha própria opinião, pra que confiar na opinião de um bando de idiotas, que não sabe administrar a renda familiar e se acha no direito de chamar deputado X de ladrão?
Minha professora de psicologia sempre fala do impacto que Freud causou na galerinha descolada do início do século passado, dizendo que o bebê sende um prazer sexual mamando o peito da mãe, mulher pela qual ele, em breve, estará apaixonado. Confesso que isso é realmente chocante. Mas quem poderia dizer que isso é errado? E quem poderia PROVAR que isso é errado? Tooodas as questões sexuais, não há nada de certo ou errado nelas. Por que a atração sexual por besouros gigantes deveria ser condenada?
E a maioria diz que a guerra é ruim. Eu também acho que a guerra é ruim. Mas não seria melhor pensar sobre isso direito? Convencionou-se que matar uma pessoa é errado, afinal, ninguém quer morrer. E se a vida de 10 pessoas depende da morte de João? Você ainda acha errado matá-lo? E se o número 10 subir para 1.000.000? E se você soubesse todas as consequências resultantes da morte de João, podendo definir, com justiça, se a morte dele é válida ou não? Mas ninguém consegue calcular todas essas consequências, então vamos deixar o coitado do João viver. E se soubessem fazer esse cálculo, certamente concluiriam que todos os homo sapiens sapiens deveriam ser executados. Os golfinhos agradecem.